Exercício Verifique usando as leis acima que é logicamente equivalente a .
O seguinte é um argumento válido?
Sim, vejamos
passo | proposição | justificativa |
1. | premissa | |
2. | premissa | |
3. | premissa | |
4. | contrapositiva de 3 | |
5. | Silogismo hipotético de 4 e 1 | |
5. | Silogismo hipotético de 5 e 2 |
Exercício (Lewis Carrol) Verfique se o seguinte argumento é válido:
Todos os leões são selvagens. Alguns leões não bebem café Portanto, alguma criatura selvagem não bebe café.
Solução: Consideremos Matata um elemento do domínio.
passo | proposição | justificativa |
1. | premissa | |
2. | premissa | |
3. | instanciação universal de 2 | |
4. | simplificação de 3 | |
5. | simplificação de 3 | |
6. | instanciação universal de 1 | |
7. | Modus Ponens de 4 e 6 | |
8. | conjunção de 5 e 7 | |
8. | generalização existencial |
Escreva uma demonstração para: para todo (os naturais menos o zero), para todo , se divide então divide .
Sejam .
1) | . | (premissa) |
2) | . | (premissa) |
3) | Se então para algum inteiro | (da definição de divide) |
4) | (2, 3 e MP e instanciação existencial) | |
5) | Se então | (propriedade aritmética e da igualdade) |
6) | (4, 5 e MP) | |
7) | Se então existe um inteiro tal que | (generalização existencial) |
8) | existe um inteiro tal que | (5, 6 e MP) |
9) | se existe um inteiro tal que então | (definição de divide) |
10) | (8, 9 e Modus Ponens) |
Usando a regra de generalização universal concluímos que para todo (os naturais menos o zero), para todo , se divide então divide .
Demonstração: Sejam e números naturais, . Suponha que e que .
Se e então para algum .
Se então .
Portanto,
Usando a regra de generalização universal concluímos que para todo (os naturais menos o zero), para todo , se divide então divide .
Note que a hipótese é desnecessária. Devemos cuidar para não enunciar sentenças com hipóteses desnecessárias.
Exercício Prove que para qualquer natural , existe uma sequência formada por números naturais consecutivos tal que nenhum deles é primo.
Solução: Seja um natural maior que 1 qualquer. A sequência é formada por números naturais consecutivos. Ainda, é divisível por sempre que .
O problema com o passo:
Seja , suponha que e vamos provar que .
é que quando ou vale .
Exercício
Para todo inteiro , existem naturais e tais que .
Solução:
Vamos provar por contradição. Suponha que a afirmação seja falsa e
seja o conjunto de todos os naturais maiores ou iguais a 5 que
não podem ser escritos na forma . Como
podemos tomar o menor elemento de . De temos , portanto . Da minimalidade de temos que .
Se e então ,
portanto, ou .
Se então .
Se então .
Em ambos os casos, temos uma contradição.
Exercício Quantas soluções inteiras tem com e ?
Solução: O coeficiente de em .
Exercício De quantos modos podemos comprar frutas de modo que o número de maçãs é par, o número de bananas é múltiplo de 5, no máximo 4 laranjas, e no máximo uma pêra.
Solução:
.
Exercício Escreva uma demonstração para: se então .
Solução:
Assumamos e provemos .
Para provar , assumamos e provemos .
Para provar , assumamos e provemos .
1) | (premissa) | |
2) | (premissa) | |
3) | (premissa) | |
4) | (1, 3 e Modus Ponens) | |
5) | (2, 4 e Modus Tollens) |
Portanto .
Se , e são três subconjuntos de . Vamos contar o número de ternas com .
Denotemos por o conjunto das partes de .
Primeiro, fixamos o conjunto e o conjunto . Digamos que tem cardinalidade e tem cardinalidade , com e . O número de possíveis tais que é contado da seguinte maneira: para que seja subconjunto de o conjunto não pode ter elementos de , caso contrário teríamos e . Qualquer outro elemento de pode estar em logo temos possibilidades em para o conjunto .
Deixemos fixado e vamos contar quantos são possíveis com elementos em . Um conjunto com elementos em é formado por elementos de um subconjunto de elementos escolhidos em , ou seja possibilidades para aos quais unimos um dos subconjuntos de para formar , pelo princípio multiplicativo são possibilidades para formar . Assim o número de pares cuja interseção está contida em (fixo) é
na segunda igualdade usamos o teorema binomial.
Da equação (1) acima, são pares cuja interseção está contida em qualquer cuja cardinalidade é . A quantidade de tais é , portanto, o número de ternas tais que é
novamente, na equação (2) usamos o teorema binomial para concluir o resultado.
Portanto .